sexta-feira, 4 de abril de 2008

Isabella e Charlene, mais duas meninas nas estatísticas de crueldade.

A morte de Isabella foi causada pelo pai e pela madrasta? Por um cruel desconhecido? Por um maquiavélico conhecido? Ou talvez por uma fatalidade causada pela ingenuidade infantil ao brincar com uma tesoura?
Não sei, mas não mais importa, Isabella está morta. Sei apenas que o caso deve ser apurado, e se houverem culpados esses deverão ser punidos por seu crime.
A questão tornasse mais profunda por aumentar os números de atrocidades efetuadas contra inocentes crianças. Mal esquecemos as maldades que nos foram apresentadas pelo noticiário, onde a mãe adotiva e sua empregada torturavam a pobre menina, alegando estarem educando, vem o caso Isabella. Uma pequena criança, alegre e adorada por todos, que perde a vida pelas mãos humanas ou, na melhor das hipóteses, pela irresponsabilidade humana. Porém, quando o povo brasileiro, ainda indignado com tão trágica morte, se prepara para orar durante a missa de 7o. dia da morte de Isabella um novo caso de sangue torna a escorrer pelo chão. Charlene, uma menina de 10 anos, apareceu hoje, 04/04/2008, nos jornais por ter caído, ou sido jogada, do apartamento situado no 10o. andar do prédio onde mora. Onde novamente, pai e madrasta estão envolvidos. Mais um caso a ser apurado.
Graças a Deus Charlene não teve o mesmo fim que Isabella, mas nem por isso tornasse menos importante.
Onde iremos parar? Quantas crianças ainda deverão ser arrastadas por carro em movimento, para que o ser humano acorde para as atrocidades que faz? Quantas meninas deverão ser torturadas, sob a desculpa de método educacional, para que o ser humano perceba que assim não se constrói uma pessoa? Quantas crianças deverão ser encontradas no lixão, para que o ser humano perceba que a vida tem valor, e não é algo que se deva jogar no lixo? Quantas crianças deverão se prostituir, apenas para o deleite de homens e mulheres em busca de prazer? Quantas crianças deverão ser violentadas pela inconseqüência dos homens?
Não, não sei responder a qualquer dessas perguntas. Sei apenas que o mundo tornasse um mundo sem valor, sem amor, sem afetividade, sem dignidade, sem fé e sem esperança.
Talvez a falta de Fé seja um dos maiores problemas. A Fé que podemos ser uma pessoa de amor, de carinho e de compreensão. A Fé que Deus, independente de sua religião ou crença, não deseja isso para você e para seus irmãos.
Termino esse desabafo tentando entender o que ocorre com o mundo e se perguntando: O que minhas filhas deverão esperar desse mundo, se eu nada fizer hoje?

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